'Quero curtir minha família': paciente recebe coração em primeiro transplante do órgão realizado em Pouso Alegre, MG
05/11/2025
(Foto: Reprodução) Hospital Samuel Libânio realiza o primeiro transplante cardíaco de Pouso Alegre
O produtor de laticínios Edmilson Feliciano dos Santos, de 36 anos, natural de Três Corações (MG), está vivendo o que chama de renascimento. Ele foi o primeiro paciente a passar por um transplante de coração no Complexo Hospitalar Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG), e vem se recuperando bem após o procedimento.
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Edmilson passou seis meses internado no hospital sem conseguir alta, devido a uma insuficiência cardíaca avançada. Sua rotina era de cuidados intensivos e acompanhamento contínuo da equipe médica, que aguardava a chegada de um órgão compatível.
Essa espera terminou no dia 29 de outubro, quando uma família, em um gesto de solidariedade, autorizou a doação de órgãos de um paciente com morte encefálica, vítima de um acidente automobilístico.
Paciente celebra primeiro transplante de coração realizado em Pouso Alegre (MG)
Complexo Hospitalar Samuel Libânio
O coração doado foi captado e transplantado pela equipe de cirurgia cardíaca liderada pelo Dr. Alexandre Hueb, que destacou o sucesso do procedimento e a importância do ato de generosidade dos familiares do doador.
"Eles [familiares] foram generosos no sentido de ceder o coração, e aí deflagramos o processo de captação, não só do coração, mas do fígado, do rim e das córneas", afirmou o médico.
Planos para o futuro
Em entrevista à EPTV, afiliada à Rede Globo, ainda no hospital, Edmilson emocionou a equipe ao agradecer a nova chance que recebeu e contou os planos que tem após sair do hospital.
"Estou bem melhor, graças a Deus, vencendo um dia após o outro. (...) O que eu quero mesmo é curtir minha família. [A doença] custou seis meses, longe da minha família, então eu vou curtir um pouco e depois vamos pensar no próximo passo", contou.
Ele também fez um apelo à população sobre a importância da doação de órgãos. "As pessoas têm que deixar o preconceito de lado. A doação realmente salva vidas, dá esperança para quem está esperando".
Segundo a equipe médica, o pós-operatório de Edmilson tem evoluído positivamente. Ele já está se alimentando, andando e recebendo as medicações imunossupressoras para evitar a rejeição do novo órgão.
Edmilson quer curtir a família após sair do hospital
Complexo Hospitalar Samuel Libânio
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