Reclassificação de áreas, redução de vagas: moradores reclamam de mudanças na zona azul em Poços de Caldas, MG

  • 02/12/2025
(Foto: Reprodução)
Câmara de Poços de Caldas cobra transparência nas alterações do estacionamento rotativo A Câmara Municipal de Poços de Caldas (MG) está cobrando informações da Prefeitura sobre as mudanças implantadas no estacionamento rotativo após o reajuste da zona azul, que entrou em vigor há um mês. Embora a tarifa tenha subido apenas R$ 0,10, outras alterações operacionais foram feitas no mesmo dia, e, na prática, duplicaram o custo para muitos motoristas. 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram Isso porque a prefeitura reclassificou setores do rotativo, transformando áreas antes mais baratas em regiões de tarifa mais alta. O local em que o comerciante João Bosco estacionava, por exemplo, passou da área 2 para a área 1. Com isso, o tempo permitido caiu pela metade: com R$ 2,80, ele podia ficar duas horas; agora apenas uma. Câmara cobra explicações sobre mudanças na zona azul após reajuste e reclamações em Poços de Caldas (MG) EPTV/Reprodução "Como que fez um contrato que não tem nenhuma linha de negociação, uma abertura para se questionar isso? Isso não foi visto lá atrás?" questionou o comerciante, que também relata reclamações frequentes de clientes sobre outros problemas no sistema. Além do preço, a população aponta falhas nos parquímetros, que, segundo comerciantes, "não funcionam desde o início". A redução no número de funcionários, após a pandemia, também tem dificultado o atendimento. "O dia inteiro vem turista na porta da loja para perguntar onde paga a zona azul, como faz. Infelizmente, a gente tem que passar essa vergonha de falar que parquímetro não funciona", conta João. População também aponta falhas no funcionamento dos parquímetros EPTV/Reprodução Outro ponto crítico é a diminuição de vagas. Em nove anos, o estacionamento rotativo passou de quase 4 mil para cerca de 3 mil vagas, o que dificulta encontrar espaço para estacionar, especialmente para pessoas com deficiência. Talita Marinho, mãe da estudante e atleta paralímpica Mel, afirma que as vagas especiais são insuficientes e, muitas vezes, mal planejadas. "Hoje nós encontramos poucas vagas no centro, e as vagas às vezes não são bem pensadas, porque precisa de uma faixa zebrada para ter amplitude, para abrir bem uma porta, para fazer um deslocamento", destaca. Diante da insatisfação geral, vereadores pediram explicações formais. O requerimento questiona quais estudos embasaram as mudanças e as razões para a extinção da área 3 e a perda de aproximadamente mil vagas. O que diz a administração Em resposta durante entrevista a EPTV, afiliada a Globo, o diretor do Departamento Municipal de Trânsito, Douglas Reis Moreira, afirmou que a reclassificação atendeu a uma reivindicação da empresa responsável pela zona azul e buscou o "equilíbrio econômico-financeiro" do contrato, firmado em 2016. Segundo ele, a redução de vagas ao longo dos anos ocorreu devido a alterações em vias, além da criação de novas vagas e espaços. "Dentro desses nove, dez anos, muita coisa mudou. (...) Houve aumento do número de vagas de embarque e desembarque, carga e descarga, vaga exclusiva para motos, os canteiros centrais. Tem muita coisa que foi mudando ao longo do tempo e que fez essa diferença nesses nove anos", explicou o diretor. Sobre as vagas destinadas a pessoas com deficiência, o diretor disse que o município segue o percentual previsto no Estatuto da Pessoa com Deficiência e que está aberto ao diálogo para novas avaliações. A Câmara aguarda respostas formais para decidir os próximos encaminhamentos. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2025/12/02/camara-cobra-explicacoes-sobre-mudancas-na-zona-azul-apos-reajuste-e-reclamacoes-em-pocos-de-caldas-mg.ghtml


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